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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Mais um BPN chamado BANIF

Mais um banco que vai dar o estoiro. Segundo o diário económico o estado vai “emprestar” 1,1mil milhões de euros ao BANIF, convertíveis em acções que totalizarão 60% do Banco. Para mim isto não é uma injecção, é uma nacionalização. Qual é o accionista que se disponibiliza a perder a maioria da sua empresa? É um acionista “à rasca”. Por isso o estado assume com este empréstimo, quase a totalidade do banco, passando ao final de 6 meses a ficar com 60% do capital, que se traduz em apenas 49% dos direitos de voto. Estou em crer que ao final dos seis meses vai assumir a totalidade das dívidas do mesmo, muito maiores e limpinhas de personalidades importantes. Ou seja, o chairman tem seis meses para “deslocar” as contas dos amigos para offshores, e tratar da vidinha de pessoal amigo etc. Vai ser um novo BPN, até porque, a injecção tem um juro de 9,5%, o que é incomportável. É impossível o banco recuperar financeiramente a uma taxa de juro deste calibre.
Há mais ou menos três anos, o mesmo banco fez uma campanha agressiva no mercado das contas poupança, atribuindo juros muito acima da concorrência, algo como 5 a 6%, quando os restantes praticavam os 3 a 4%. Na altura ainda me senti aliciado mas lembrei-me que um banco quando “oferece" dinheiro em troca de outro é porque está muito necessitado. Claro que se eu fosse deputado ou ministro, ou mesmo futebolista (como o Vitor Baía, que viu o seu empréstimo ao BPN recentemente transferido para a lista dos incobráveis) colocava lá uma massaroca porque sabia que, tal como aconteceu ao Jorge Jesus no BPP, se o banco pifasse, eu seria o primeiro a descapitalizar o banco, retirando o dinheirinho mais os juros todos da minha continha. Mas como sou Zé povinho, felizmente não pus lá um cêntimo...

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